Deixo por aqui um pequeno texto crítico que escrevi já faz algum tempo, (pois este espaço também se destina a tal), texto esse que leio hoje num tom diferente, anteriormente insuflado pela força da juventude de quem acredita que tudo se pode mudar e onde a indignação corria mais veloz nas veias, hoje mais "acomodada" pela força da "razão". Porém, espero que encontrem, ainda assim, um pouco de verdade no que escrevi.
Não é com agrado, que, reflectindo e espelhando o dia-a-dia se vêm as diferenças, cada vez mais sentidas nas classes sociais que estruturam o país.
Isto não constitui novidade para alguém, o assunto é mais que batido, infelizmente… Mantém-se a máxima do rico cada vez mais rico e do pobre a cair à tortura… Vemos isto a par de uma arrogância social que se manifesta cada vez mais, os cheques são assinados com o cognome de “Exmo. Doutor” ou "Exmo. Sr. Engº" antes do nome, os recém licenciados enchem o peito com essa designação. Já não falando dos que nem licenciados são e que por via dos interesses se fazem passar por tal. Raros são os que dizem: “Eu não me chamo doutor, sou Manuel”, claro está, que esta afirmação pessoal se vai manifestar noutras realidades e especialmente nas amizades que como todos adivinhamos nos conduz aos ditos “tachos”. Não importa o conhecimento adquirido no curso que cada um procurou para a sua formação pessoal, importa sim, os outros conhecimentos e relacionamentos que nos ligam a presidentes de tudo e mais alguma coisa, deputados, ministros e todos esses pelouros, pois assim, e com alguma facilidade se arranjam funções num qualquer organismo que possa ser manipulado com essas intenções. Conclusão: Todos nos chamam doutores, e arranjamos um belo ordenado que é a multiplicação por 10 de um qualquer funcionário público.
Claro está que falar destas posições sociais é falar da imagem que supostamente estas pessoas devem manter no ambiente público, aqui surgem os Mercedes e BMW. Façamos o seguinte exercício: viajamos como acompanhante de um condutor numa qualquer auto-estrada deste país e contamos todos os carros de alta cilindrada que passam por nós, vamos ser surpreendidos!
Todos dizemos a frase cliché: “o país atravessa dificuldades, temos de apertar o cinto, porque não há dinheiro…” É falso! Dinheiro há, está é mal distribuído e quem o tem são sempre os mesmos.
É preciso perceber que nem todos podemos ser doutores, não o ser não tira dignidade e não faz de nós maus profissionais, mas também é fundamental não cair em ilusões por culpa de um mero título académico.
É preciso condenar e acabar com esses “tachos”, como pode o país avançar se os problemas que o corroem são estruturais e se se colocam a desempenhar funções os amigos que nem sempre têm valências para o fazer?
O país, mas principalmente os portugueses precisam de assumir o compromisso da humildade. Já diz o ditado “Quem tudo quer, tudo perde”, não podemos vendar os olhos a estas disparidades é preciso combater estas desigualdades. Combater não significa cometer o erro de usar a violência e cair em meios que apenas vão deixar a situação pior que o cenário que já temos.
É tempo de balancear responsabilidades e juntar vontades.
Isto não constitui novidade para alguém, o assunto é mais que batido, infelizmente… Mantém-se a máxima do rico cada vez mais rico e do pobre a cair à tortura… Vemos isto a par de uma arrogância social que se manifesta cada vez mais, os cheques são assinados com o cognome de “Exmo. Doutor” ou "Exmo. Sr. Engº" antes do nome, os recém licenciados enchem o peito com essa designação. Já não falando dos que nem licenciados são e que por via dos interesses se fazem passar por tal. Raros são os que dizem: “Eu não me chamo doutor, sou Manuel”, claro está, que esta afirmação pessoal se vai manifestar noutras realidades e especialmente nas amizades que como todos adivinhamos nos conduz aos ditos “tachos”. Não importa o conhecimento adquirido no curso que cada um procurou para a sua formação pessoal, importa sim, os outros conhecimentos e relacionamentos que nos ligam a presidentes de tudo e mais alguma coisa, deputados, ministros e todos esses pelouros, pois assim, e com alguma facilidade se arranjam funções num qualquer organismo que possa ser manipulado com essas intenções. Conclusão: Todos nos chamam doutores, e arranjamos um belo ordenado que é a multiplicação por 10 de um qualquer funcionário público.
Claro está que falar destas posições sociais é falar da imagem que supostamente estas pessoas devem manter no ambiente público, aqui surgem os Mercedes e BMW. Façamos o seguinte exercício: viajamos como acompanhante de um condutor numa qualquer auto-estrada deste país e contamos todos os carros de alta cilindrada que passam por nós, vamos ser surpreendidos!
Todos dizemos a frase cliché: “o país atravessa dificuldades, temos de apertar o cinto, porque não há dinheiro…” É falso! Dinheiro há, está é mal distribuído e quem o tem são sempre os mesmos.
É preciso perceber que nem todos podemos ser doutores, não o ser não tira dignidade e não faz de nós maus profissionais, mas também é fundamental não cair em ilusões por culpa de um mero título académico.
É preciso condenar e acabar com esses “tachos”, como pode o país avançar se os problemas que o corroem são estruturais e se se colocam a desempenhar funções os amigos que nem sempre têm valências para o fazer?
O país, mas principalmente os portugueses precisam de assumir o compromisso da humildade. Já diz o ditado “Quem tudo quer, tudo perde”, não podemos vendar os olhos a estas disparidades é preciso combater estas desigualdades. Combater não significa cometer o erro de usar a violência e cair em meios que apenas vão deixar a situação pior que o cenário que já temos.
É tempo de balancear responsabilidades e juntar vontades.
Um abraço a todos.
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